PANTUM À LUA

Sonhada lua, tão brilhante e pura

Se resplandeces no céu do meu bem

Por que me deixas sempre insegura ?

Ao te olhar, não vislumbro ninguém

Se resplandeces no céu do meu bem

E eu te contemplo por horas a fio

Ao te olhar, não vislumbro ninguém

Meu poetar torna-se então, vazio

E eu te contemplo por horas a fio

Como a buscar o rosto conhecido

Meu poetar torna-se então, vazio

Por não achar o que julgava havido

Como a buscar o rosto conhecido

Corro meus olhos pelo firmamento

Por não achar o que julgava havido

Fico a segui-la em breve momento

Corro meus olhos pelo firmamento

Vejo no alto tão formosa lua !

Fico a segui-la em breve momento

Caminho só, inquieta pela rua

Vejo no alto tão formosa lua !

Assim, sorrio apesar de tudo

Caminho só, inquieta pela rua

Meu ser poeta, sorridente e mudo

Assim, sorrio apesar de tudo

E devagar retomo meu caminho

Meu ser poeta, sorridente e mudo

Leva os versos, já não é sozinho

E devagar retomo meu caminho

Da minha casa e do meu destino

Leva os versos, já não é sozinho

Meu ser poeta versa o desatino

Da minha casa e do meu destino

Olho o céu, desejo tua brancura

Meu ser poeta versa o desatino

Sonhada lua tão brilhante e pura

Lili Maia
Enviado por Lili Maia em 03/09/2005
Código do texto: T47224
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.