Lumes Difusos

Oh! Noite me diga na sua profunda

Escuridão

Pois sou um homem de meia

Idade

Com algumas pedras na visão

E meus óculos estão arranhados

Pela vida

Estes pontos brilhantes na imensidão

São vaga-lumes

Ou galáxias

E quem são estas mariposas

Que vem nas noites enluaradas

Beber as chamas azuis

Da minha lamparina

Fazendo sombras nas rimas

Dos meus pobres sonetos

Por que minha vida se passa

Nesta taberna

Sobre esta mesa rústica

Uma lapiseira bebendo versos

Num tinteiro

Uma cigarreira de prata amassada

Que guarda meus sentimentos

Uma janela molhada de neblina

Por onde escuto os grilos

Intermitentes

E procuro dialogar com as estrelas

Luiz Alfredo - poeta

luiefmm
Enviado por luiefmm em 22/05/2014
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