QUEM ME DERA

Quem me dera,

poder ser a luz morna do sol na manhã,

dissolvendo as gotículas frias do orvalho nas plantas...

Quem me dera,

poder ser a chuva com o seu cair ruidoso,

ninando o sono das almas nas noites invernosas...

Quem me dera,

poder ser a beleza silvestre das flores,

aromatizando o ar puro dos campos verdejantes...

Quem me dera,

poder ser um lago de águas cristalinas,

para que a lua pudesse refletir-se em seu espelho natural...

Quem me dera,

poder ter a destreza alada dos pássaros,

para voar livre, independente, na atmosfera...

Quem me dera,

poder viver como os peixes sob os mares,

desfrutando da beleza exótica de suas profundezas...

Quem me dera,

poder ser uma estrela luminosa,

doando luz resplandecente aos astros que gravitam em seu derredor...

Quem me dera,

já poder ser alma desencarnada,

para voar em perispírito, na dimensão espiritual...

Ah, quem me dera...

Eu sei que não posso ser tudo isso,

porque todas essas coisas sublimes,

só quem pode sê-las (e são), é Deus!

Mas como Deus é sempre Deus,

pelo menos uma dessas coisas eu posso ser:

um ser espiritual distinto e individualizado;

um presente supremo de Deus,

que destina, não só a mim,

mas a todos nós,

a realidade das nossas vidas na eternidade!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 12/06/2014
Código do texto: T4841873
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