POESIA NA CENA DA CIDADE
A poesia entrou
Onde não podia
Não devia
Abriu janelas
Bateu portas
Infiltrou-se na música popular
No rock
No jazz
Foi à periferia
Pôs analfabeto no sarau
Trabalhador na roda
Cego de feira
Cantando blues
Cantor de rap
Fazendo rima
Espalhou-se no vento
Pelo cinema
Nas mentes
E muros, no grafitti
Colocando mais alegria
Na cena da cidade