Cavaleiro do fim do mundo

Caminhei por mares de solidão.

A morte beijando o tempo,

Vontade de se perder em treva

Como há muito se diz no mito do herói.

Vejo uma estrela fundida no firmamento

Uma sombra paira sobre a cidade dos mortos,

Dentro dos sonhos uma voz pede-me...

Devora-me as unhas inteiras da consciência.

Com que tinta escreverei as dores dos mortais?

Como saberei da verdade esquecida na árvore?

Qual o tempo dos vivos?

E se há vida, por que há tantos ossos secos?

Fala-me do que um dia fomos,

Do que um dia foram os humanos...

Ouça-me...

Quando perdido de ti,

Conto o mito do herói imortal.

O castelo está caindo das estrelas.

De lá dentro saíra o maior de todos os monstros.

O sangue do deus escorrerá mais uma vez.

Amael Alves Rabelo Júnior
Enviado por Amael Alves Rabelo Júnior em 04/06/2007
Reeditado em 04/06/2007
Código do texto: T513186
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