O Senhor dos Destinos Humanos

Belo é o negrume do olhar de meu amado.

Ele que anda pelas gélidas planíceis de Benetnashine,

Que colhe a acidez simbólica dos dias felizes,

Sobe no pégasus alado,

Navega no mar dos corações perdidos.

Agora, vem ele de seu castelo de areia.

Com que ânsia ele adormece o dia!

Com que alegria descortina a manhã!

Colhendo os frutos secos, posso me morrer de amores.

Mas antes resisto as flechas

Dos diabólicos anjos vindo do céu.

Querem me aprisionar na gruta das angústias:

Meu amado não me deixará partir...

Ele guerreia

Ao lado dos cavaleiros do exército dos dragões mortos.

Conhece de todos os caminhos,

O da vida, o dos mortos e o dos imortais Elfos Soldados.

Com sua força oculta, meu amado

Beija-me os lábios com o calor de mil cometas ardentes.

E de paixão, reinvento a vida,

Criando nas frases impronunciáveis do vento

Uma marca de amor eterno.

Meu amado é o Senhor dos Destinos Humanos.

E não me poderia ser diferente,

Pois seu braço alcança os firmamentos infinitos,

Seu negro olhar faz tremer os vales.

O Senhor dos Destinos Humanos me aceita para si.

E nisso sinto a explosão diária das almas mortas,

A escuridão que devora o sol

E a treva que me elege Dono dos vivos.

Amael Alves Rabelo Júnior
Enviado por Amael Alves Rabelo Júnior em 12/06/2007
Código do texto: T523549
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