Poema Anônimo - data desconhecida

Faz séculos que em batalha estou.

Cansado me estão os braços.

O fardo que os heróis carregam

É feito de sangue e agonias completas...

Contudo, ainda posso ver mais ao longe

O aroma acre das verdes campinas

De minha terra natal...

Onde estarão meus irmãos, amigos, pais?

Lutarei por amor a eles...

E por esse sentir,

Sairei em caçada rumo aos céus...

Alistei-me para a Guerra das Gerações

Nossa Senhora, a mãe de todos os Elfos,

Acordou a manhã de versos escritos nas árvores.

Ela me quer mais fortes que as montanhas...

E me faz crescer ao topo dos mundos...

Sua voz faz adormecer aos meninos

E acordar aos guerreiros

Para batalhar contra os sangrentos Anjos.

Minha mão pode até cair,

Mas nossos ideais de liberdade

Jamais cairão pelo solo...

E se ainda formos ao chão todos...

A semente caída crescerá em árvore nova...

Completa de vigor e esperanças...

Minha Deusa, jamais me deixou.

Sua paz transborda da terra

Vivificando nossas armas,

Nosso desejo de liberdade.

A ela dedico estes pobres versos

De poeta que nada sabe de poesia,

De um simples soldado de sua grandeza.

Oh, perdoe-me se um dia me sumir de sua leira,

Mãe de minhas asas.

Não será por mal...

Sairei discretamente pela porta dos fundos...

Como quem cumpriu a última missão...

Como quem escreve um verso

Num perdido hino

Agora cantado pelos infantes.

Amael Alves Rabelo Júnior
Enviado por Amael Alves Rabelo Júnior em 25/06/2007
Código do texto: T540175
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