O FIO DA NAVALHA

Eu me mato de trabalhar, pois quero sobreviver;

É nos dias de loucura que eu consigo entender...

Tenho fome de justiça e não quero me justificar;

Isto é o que eu sou, igualmente ao que somos

Na hora que realmente precisamos nos aceitar.

Pareço aquele centroavante do time rebaixado,

Ou mais um passageiro do trem que foi lotado...

Se vale a pena, qualquer lema vai nos motivar;

Por isso é que vou para onde todos nós vamos

Quando criamos a nossa razão para acreditar.

Eu me entendo como gente que se acha forte;

Choro quando me desatino a procura da sorte...

O fio dessa navalha tem o poder de machucar;

É assim que estou vivendo, enquanto erramos,

Deixando pra lá o que deveria nos fazer mudar.

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