Altas Torres

Cada pedra colocada

Erguendo esta prisão

Representam uma mágoa

feridas do coração!

De tantas vezes morrendo,

revivendo sem cessar...

Construí esta muralha,

para nunca mais chorar!

Coloquei- me num lugar alto,

afastando- me da multidão...

Isolando- me do mundo,

escolhendo a solidão!

Das duas única janelas

Nesta torre colocadas

É que vejo vossas vidas

Sem nunca poder tocá- las!

Mas mesmo assim a distância

contemplando vossa dor...

Seus tormentos me abrem feridas,

ecoando no peito um clamor!

São gemidos contidos,

rasgando- me a alma...

São contrações intensivas,

Tirando- me a calma!

Transformando expontâneamente

Este peito numa cela...

Onde atrai angustias alheias,

e as dores refrigera!

Se benção ou maldição.

foi assim que nasci...

Para aliviar- te a tristeza,

fazendo seu rosto sorrir!

Contemplo a distância

na minha solidão

Vidas perdidas, vazias

perdendo o rumo e a razão!

Deixando as lágrimas verterem,

pelos cegos que vagam...

Na ignorância confusa,

nas hipocrisias que matam!

Assisto vossa perdição

seus tropeços, seus passos...

Sem poder nada fazer,

prevendo teus fracassos!

Vibrando constantemente

por aquele facho de luz...

Que abrirá teus olhos tristes,

aniquilando tua cruz!

Guardiã da Ventura,

Quinta- feira, 28 de junho de 2007, 22: 46

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 08/07/2007
Reeditado em 17/08/2021
Código do texto: T556827
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