Amada concreta

Oh anjos, oh serafins, oh musas sem fim,

Desejo o céu, desejo o pranto e lindas assim,

O meu peito aberto ao livre encanto aberto,

É uma chaga na vida ser eu errado o certo...

Mas há uma vida que vivo e amor, pois tenho

Um amor que a eterna musa e linda sereia

Dado por um beijo de eterno gosto há muito ganho

Que guardei no peito do qual passou às veias...

Se a linda e perfeita alma que se consolidou amor

E amou-me em carne por anos a fio voasse,

Que fosse para o nosso ninho onde espero que a dor

De amar e não amar-te não fosse dor se me amasse...

E, as brumas vindas da tua existência poética

Vem comprovar a tua existência para a minha fé cética...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 28/03/2016
Código do texto: T5587923
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