**Quem és?**

Tão pouco sei de ti, não te ouço, mas há muito te percebi,

sei que existes, palavras tuas li em notas que o vento trouxe, afinadas com o violino do coração e soando pela distância, através do tempo espaço.

Na verdade, quem és?

Um condor em asas soberanas ou apenas um esvoaçante colibri?

Não sei, apenas te percebi em amanheceres de outono e noites de primavera. Teria sido sonho? Parecia algo tão real, estavas logo ali em imagens com poucos traços e sutilidades!

Antes, senti de longe um perfume tênue, de alma, daqueles bem diferentes com notas amadeiradas que remetem ao verde musgo e o coração se apaixonou ou foi a alma que reconheceu sinais em semelhanças?

Quem és?

Acho que nunca saberei.

12/04/16

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 12/04/2016
Reeditado em 12/05/2016
Código do texto: T5602757
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