POEMA CAIÇARA

Aprecio a poesia que me chama

lá no canto; na sombra; no silêncio;

dá um doce, depois me desafia,

me provoca e me faz querer o resto...

Busco aquele poema que seduz

como a droga no dia inicial;

só aos poucos envolve, me vicia

e me diz onde a cruz está cravada...

Escraviza e dá carta de alforria,

faz pecar e dispõe a conversão

lá no fim do sermão fragmentado...

Só existe poesia no poema

que não salta, não corre, não esmura,

mas que rema e nos leva de canoa...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 14/07/2016
Código do texto: T5697563
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