P R E C I O S I D A D E S (56)

I N V I C T O

Da noite escura que me cobre

como uma cova de lado a lado,

agradeço a todos os deuses

a minha alma invencível.

Nas garras ardis das circunstâncias

não titubeei e sequer chorei.

Sob os golpes do infortúnio

minha cabeça sangra, ainda erguida.

Além deste vale de ira e lágrimas

assoma-se o horror das sombras,

e apesar dos anos ameaçadores,

encontram-me sempre destemido.

Não importa quão estreita a passagem,

quantas punições ainda sofrerei,

sou o senhor do meu destino

e o condutor da minha alma.