Nitidez Oculta

Quando os sentidos se sentem embaralhados

O meu passo fica torto e me encontro

E os ventos que se perdem para o sul sopram na direção do abismo do meu norte, contrariando meu cinismo castigado.

Há dias que se proliferam felizes mesmo com o cheiro amargo das rosas que se confundem na tristeza e morrem em si

E há certas noites que trazem em seu peito o clamor egoísta, arrepela suas dúvidas insanas e me enganam.

E as veias que teia meu sangue inflável

Calando o coração

Submerge a secreção abstida

Do verbo invariável.

E nas paredes da alma está escrito o meu abstrato

Absorvo a nitidez oculta

Despacho a nudez da palavra

Morro em mim.