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A noite cobre a paisagem
em silencio, como o da alma
que adormece devagar,
enquanto luzes frias da rua
iluminam em nesgas cada canto
onde os olhos ainda conseguem pousar

Horas vagarosas passarão
em direção à madrugada cinza
dos sonhos pesados de muitos
ou daqueles, que despertos, vigiam
em devaneios bonitos os rumos
que precisam e querem no coração

Assim, vagando qual lua,
em noite onde só corujas piam
segue a vida, num lento clamor,
desafiando o relógio
que bate as horas em monotonia,
deixando apenas ecoar
pelo tempo, em penumbra,
o desejo de que venha logo o novo dia,



27/08/17
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 27/08/2017
Código do texto: T6096280
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