Poema: As Mãos Humanas

Mãos perversas, mãos grosseiras

Mãos que maltratam a gente

Mãos cretinas, mão falsárias

Que nas horas necessárias

Agem tão covardemente.

Mãos que fazem a hecatombe

Mãos nefastas e toscas

Mãos rudes e mãos dispersas

Mão sinistras e perversas

E mais sujas do que as moscas.

Mãos malvadas e nefandas

Agrega ações pentagonais

Que maliciosas mãos

Inimigas dos meus irmãos

Látego dos nossos pais.

Mãos que cortam a nossa carne

Nos momentos necessários

Mãos hostis e deletérias

Que rasgam nossas matérias

Como as facas dos sicários.

Mãos rústicas e nefárias

Sejam quentes ou úmidas

Mãos que fazem o homem morto

Mãos que praticam o aborto

E devoram carnes túmidas.

Que mãos! Prediletas mãos

As mãos que escrevem apodos

Mãos funestas e mãos vis

Que picam nos bisturis

As matérias de nós todos.

Mãos carrascas, mãos nojentas

Mãos paupérrimas no amor

Mãos sórdidas, mãos malédicas

Assim serão as mãos médicas

Cuidando da nossa dor.

Mãos que apertam nossas carnes

Mãos tétricas e opressoras

Mãos picantes e perversas

Mãos que escrevem vis conversas

Mãos bruscas e pecadoras

Mão abjetas e homicidas

Mão tiranas mas sevícias

Mão que operam lá nos quartos

Os mais obscuros partos

Mãos mendigas, mas carícias.

Antônio Agostinho

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 24/11/2017
Código do texto: T6180838
Classificação de conteúdo: seguro