PRECIOSIDADES (122)

Quero que o povo medite

e se exercite no amor,

até que saiba se impor

o quanto for necessário,

para que as classes de elite

não sejam verdes demais

e nem as trevas mentais

tornem vermelho o operário.

Que o povo leia e releia

e que examine a leitura

para que a glória futura

seja melhor dividida.

Quero que cada cadeia

torne-se escola sem cela,

para que um reu saia dela

muito mais digno da vida.

Povo que sabe o que faz

faz o que sabe e não erra,

mesmo que seja capaz,

não troca a paz pela guerra.