Evenientem seiunctionem transgrediendi vitae
Ei menina, Lembre-se que:
Após a chuva vem a primavera
e que o Sol brilha imponente
no verão.
E não importa quão triste
ou quão sombria
seja cada estação,
pois cada uma deve sempre
desempenhar bem a sua função.
E assim também é a vida!
Os que semeiam com pranto
com canto de alegria segarão!
A mulher no parto sente dor
e logo a transforma em amor,
alegria
e emoção!
E no final do capítulo da vida
uma flor,
que antes da partida fora prova de amor,
torna-se um ornamento que conforta a nossa dor.
II
O que seria da lua
se não houvesse a escuridão?
Como entenderíamos o amor
se não houvesse paixão?
Já vi a lua durante o dia,
mas a dama da noite pouco sorria,
pois o que ela queria
era brilhar na escuridão.
O que seria da primavera
Se não houvesse inverno e outono?
As folhas e flores seriam quimera!
E se as folhas caem como o sono
Serão regadas no inverno como menciono.
E sim, virá a linda primavera!
Qual seria o sabor da alegria
se não houvesse tristeza?
Da vitória
se não houvesse peleja?
Qual seria o valor da companhia
se não houvesse solidão?
Da luz
se não houvesse escuridão?
Qual seria o valor da luta
se não houvesse labuta?
Qual seria o valor da vida
se não houvesse partida?
Qual seria o valor do apego
se não houvesse desespero?
Qual seria o valor do aconchego
se não houvesse desprezo?
Como entender o alívio
sem antes sentir a dor?
Como sentir o refrigério
sem antes sentir o ardor?
Como compreender o lamento
Sem antes entender o que é tormento?
Como entender o tempo
Sem não sentir um pouco de desalento?
Mas logo vem alento
tão forte e impetuoso como o vento
Ensinar que é com o tempo
Que vamos entender cada momento.
III
Repito que no início da nosso história,
da qual não lembramos ou temos memória,
se inicia um capítulo
escrito com dor,
que depois se transformará em amor:
A mulher no parto sente dor
e logo a transforma em amor!
E no final do capítulo da vida
uma flor, que antes da partida
fora prova de amor,
torna-se um ornamento que conforta a nossa dor.
IV
O pranto que derramamos
pode ser leve como a bruma
ou arder como se nos olhos houvesse espuma.
A pena do poeta pode ser leve como a pluma
ou pesada como uma imensa verruma.
Nossas palavras podem ser doces como o mel
ou tão ou mais amargas como fel.
A sina é o recheio da vida
não importa quão torta ou dolorida
será na hora da partida
que cada atitude será pesada.
Não interessa quão boba ou sem graça pareça a vida.
Simplesmente viva!
Porque o que importa é o durante,
pois todos conhecemos o depois.