P R E C I O S I D A D E S (161)

F I M

Ó ! Fale-me de amor, conte-me histórias belas

que me façam de novo acreditar na vida.

Quero um tango, uma valsa. Escancare as janelas

e canta para mim, com voz enternecida.

Eu preciso também de chamá-la querida,

como há tempos atrás eu fazia, naquelas

tardes de céu azul, sobre a relva florida.

Tudo era calmo e bom - não havia procelas.

Deixe o vento bater de rijo em seus cabelos

e jogá-los ao léu - deixe, que eu quero vê-los

espalhados no rosto - é tão bonito assim !

Quebre, com um forte abraço, esse torpor de monge:

eu preciso viver ! (Ela já estava longe

e nem sequer o ouvia - era chegado o fim ! . . .