SOU PRETO, SIM, SENHOR!

Sou preto, sim, senhor.

Luto pelo meu povo, pela minha ciência

pela minha pele preta que até hoje é resistência.

Povo preto que na senzala lutou,

amarrado no tronco, com chibatadas

seu corpo sangrou.

A terra que a gente pisa foi o negro que criou,

trabalhava sem receber nada, até fome passou.

Todo preto tem uma história, história essa que até eu posso contar.

Não vivi na escravidão,

mas, meu Preto Velho esteve lá.

Agô!

Suas falas era de choro e sofrimento,

que lembrar daquele tormento era como voltar

no tempo e sentir a dor do arrebatamento.

Sou preto, sim, senhor!

Não tenho medo de ser quem sou,

abominem o racismo existente,

sou preto e resistente.

Salve Xica Manicongo!

Axé ô!