O que dizer de bom a esse povo...
Tenho falado dos mistérios
de telepatia
empatia
alegria
poesia.
Da música,
dos cânticos gregorianos
das mensagens e avisos
da importância do riso
da preservação das matas
dos índios, dos pássaros, das flores.
Qual o quê!
É é como nada. Só ouço mágoas
Trocam-se balas, farpas, fakes, ódio
Nódoas que viram cicatrizes
Cisões, rupturas.
Feridas repisadas, dores.
Agridem, replicam,
atolam-se na lama.
Desforço, revanche é o que ouço.
Querem armas, balas, mortes, dor.
Por mais que o sol nasça todo dia
Os cegos nada enxergam
São ácidos, amargos, perdulários.
Detratam, maltratam
Querem agrotóxico, pesticidas,
Replicam, tripudiam quando podem.
Alvejam, mantam.
Por mais que os cães ensinem amor
Os índios a preservar a terra
As flores a colorir
As criança a rir e ser feliz
Eles querem minérios, exportar, massacrar o menor
Desde que lhes sobre conforto
Abundância, exuberância.
Tudo pra si e fim.