EGO INGÊNUO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Sei fingir que não sei que alguém me usa;

faço a minha expressão de nada sei,

minha lei do silêncio sobre o quanto

sou ordenha; colheita; extrativismo...

Tenho fama que nunca me deu pão;

ai de mim se taxasse o meu talento;

não buscasse o provento noutros campos,

minha mão não tivesse chapéu extra...

Ego ingênuo, não sabe declinar,

novamente acredito e me diluo

no luar ilusório dessa poça...

É que sempre acredito que acredito,

quando finjo que dito as minhas regras

ou que uso quem pensa que me usa...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 04/07/2019
Código do texto: T6688312
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