Insignificâncias

Todos os dias

As mesmas saídas

Despedidas

Adeus!!!

Essa vida

Que finda

Na berlinda escura

As vezes ensolarada

De uma metamorfose mal acabada

Me traz de volta

Mil desesperos

E no destempero do hoje

Regurgito o passado

Amassando o futuro

Entre dentes perversos

No reverso da vida

Corpos esquecidos

Corações eternizados

E eu mais uma vez calado

Convulsiono em agonia

De dia, de noite, eternamente

E nem sempre espero

Busco o que não encontrei

Agora sei que a esperança

Nem sempre é tudo

Se agora fico mudo

No escuro escuto meu coração

Que bate sem ritmo

E no íntimo

Continuo sabendo

Que praticamente nada sei...

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 12/02/2020
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