“HOJE Á NOITE”
Dói no peito a tua ausência
A alma ficou fragilizada,
Juro ter muita paciência
E amanhã já estar curada.
Não te quero preocupado
Já tenho idade de ser crescida,
Também não te quero magoado
Por me sentires aborrecida.
Não tiveste culpa de nada
Tenho de deixar de ser criança,
Abro-me demais, fico entusiasmada
E nem vejo que não há esperança.
Desculpa. Eu sei que errei
Em tudo o que te disse,
Estava carente e alonguei
Toda a nossa malandrice.
Vamos os dois esquecer
O que não tinha futuro,
E amanhã tu vais ver
Que eu já não te torturo.
Beijo-te com carinho
Eu é que estava iludida,
Um abraço e um beijinho
Na nossa despedida.
Maria Custódia Pereira
25/04/2020 -11,59 h