Soneto

Sou eu que te vejo linda e pura

Desprotegida na noite sombria,

Como a flor nivea a noite acaricia,

Sabendo que esse amor perdura

A suspirar em corrente de calmaria,

Erguendo pros céus trêmulos olhares,

Sob o manto de estrelas a sombra dos palmares

E a lua com seu seio leitoso irradia,

Uma luz branca envolvida em candura.

O amor guardado na alvura da castidade,

Com o pudor em candida armadura.

E sobre as montanhas os sefiros

Outonais a soprarem com brandura

O perfume que exala da tua virgindade.

Fernando Alencar

13/11/2013 * 01:50

Fernando Alencar
Enviado por Fernando Alencar em 11/05/2020
Código do texto: T6944520
Classificação de conteúdo: seguro