Soneto
Sou eu que te vejo linda e pura
Desprotegida na noite sombria,
Como a flor nivea a noite acaricia,
Sabendo que esse amor perdura
A suspirar em corrente de calmaria,
Erguendo pros céus trêmulos olhares,
Sob o manto de estrelas a sombra dos palmares
E a lua com seu seio leitoso irradia,
Uma luz branca envolvida em candura.
O amor guardado na alvura da castidade,
Com o pudor em candida armadura.
E sobre as montanhas os sefiros
Outonais a soprarem com brandura
O perfume que exala da tua virgindade.
Fernando Alencar
13/11/2013 * 01:50