O Frio de Maio

A natureza faz cara de paisagem,

Não muda sua sina.

É maio, de céu azul

E o vento fresco na cortina.

O Novo Coronavírus assombrando

De dia e de noite,

E a natureza repetindo seu calendário.

É maio, já faz frio:

Tudo isso me causa arrepio.

Do maleiro, descer os agasalhos.

Lavar, perfumar para vestir

Vestir o frio de maio

E esperança sentir.

Mas o frio leva -me na casinha pobre,

Nos trapinhos poucos do irmão.

Naquele que não tem nem pão,

Que tantos frios enrugou pele e coração.

Ao cobrir com a manta quentinha e perfumada,

Fez frio na emoção, fez água.

Não é possível se aquecer sozinha,

Existe o irmão pobre na esquina.

É maio,

Frio e bonito maio!

Aquecer quem pode.

E o pobre?

Cassia Caryne
Enviado por Cassia Caryne em 12/05/2020
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