Vida e Morte de Uma Rosa
Perdoe-me as demais variedades
Não quero causar ciúme nem queixa
São também perfeitas e melindrosas
Mas igual à rosa ainda não vi igual
Dotada de rara beleza encanta o jardim
Arome doce, suavidade peculiar
Seduz com sua simplicidade
Ofusca os olhos dos românticos
Branca, rosa, vermelha...
Desabrochando na calada da noite
Tonalidades tomando vida e graça
Encantando a natureza
Linda, charmosa, dengosa...
Mostra-se envaidecida
Cheia de orgulho a bailar
Baila ao vento, ao sol, à chuva
Cresce viçosa, garbosa
Vive como se não fosse morrer
Brilha como se não fosse escurecer
Seduz-se, entrega-se e vive em plenitude
Até que o vento passe e leve suas frágeis pétalas