O rio e o mar
O mar tem a sabedoria de passar por fora
do rio da vida do bom navegante,
a vida é pluvial é rio que tem voz,
o mar não possui foz não tem objetivo,
o rio é a estrada do desejo; o mar vai além,
o rio não devora o mar, saber-se-ia vencido,
quem naufraga em rio cede a uma vontade
às vezes acidental, outras vezes luxuriosa.
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O rio possui curvas no mar imaginadas,
o mar sempre é reto à procura da margem,
não tem pragmatismo e é falso seu limite,
triste é o rio que destrói quando transborda
irrigando a terra além do necessário à vida.
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E é a partir da margem que alguém no mar
se afoga. Incauto navegante que soçobra.