P R E C I O S I D A D E S (240)

Sonhei de novo o sonho antigo:

maio, juras de amor eterno,

ambos sentados sob a tília

e tendo a noite como abrigo.

E juras a cada momento,

risinhos, carícias, beijos.

Sem mais, porém, mordeu-me a mão

pra me lembrar do juramento.

Ó namorado de olhos claros,

com os caninos entre os ais:

estou de acordo quanto às juras,

mas a mordida foi demais.