Dias de confinamento

Ainda na cama, acordada

Pensando na minha vida,

Como ela estaria mudada

Se fosse ao teu lado vivida.

Que maldita pandemia

Que nos mata lentamente,

Ela a todos contagia

Ninguém a vê, só a sente.

Tanta gente tem morrido

Tantas vidas separadas,

Tanta mulher sem marido

Tantas lojas encerradas.

Nos idosos é um perigo

Já partiram tantos avós,

Se não é praga é castigo

Deixando os netinhos sós.

Nunca mais se vê o fim

Um dia melhora, outro piora,

Nem posso ir para o jardim

Nada é como era outrora.

Maria Custódia Pereira

11/03/2021