Querer teimoso


Queria mesmo era tomar água de cacimba, com as mãos em concha, deixando o líquido fresco e doce misturar-se à química da minha mão.

Queria andar pelos campos de lavanda, perfumando-me dela, sorvendo toda a paisagem roxa.

Queria andar no leito seco do rio intermitente, para saber dos seixos, em segredo, as histórias das estiagens e das cheias.

Queria não querer o que não canso de querer...