P R E C I O S I D A D E S (251)

ÀS MUSAS

Musas, habitantes do Parnaso soberbo,

DE hipocrene o orvalho lava o vosso cabelo,

Se em vida eu constância puder manter convosco,

Apartar-me de vós não ousarei tampouco;

Se ouro e pérolas não cobiçar aos monarcas,

E optar pela honradez em vez de muitas arcas;

Se nunca vos pedir lisonjas por capricho,

Nem que a gente ingrata busqueis um benefício;

Que os meus versos jamais murchem, eu vos exorto

E que as cubra a glória, quando eu já estiver morto.

,

morto.