Xangô

(para fábio aristimunho vargas)

Quase

sem nenhum

motivo a pedra ataque

pedra ataque para o vidro

quebra

na cabeça do melhor

amigo

o seu

último

último suspiro.

O nosso azar

nos pedaços repartido,

como bolo ou migalha de,

e com brilho

próprio,

onde nele me reflito,

pois assim o imagino

algo imaginário

como espírito

que sigo.

O que atirou primeiro

a primeira pedra

e acertou

o vidro.

Eu o injustiço.

Nós errávamos.

Eduardo Lacerda
Enviado por Eduardo Lacerda em 08/11/2007
Código do texto: T728960