ASILO
Demétrio Sena - Magé
O meu tempo estancou no temor de saber
se me cabe nos becos dos dias de agora,
minha hora tem séculos de assombração
entre o sótão de sonhos que viraram pó...
Hoje arrasto correntes no mesmo lugar
e fantasmagorizo emoções desistentes,
os amores sentidos e nunca buscados
onde os dentes da vida mastigaram tudo...
É um tempo grisalho com cinzas e sépia;
este peso dos templos e das catedrais
me acorrenta no cais de vivências perdidas...
A min'alma está gasta no corpo dormente,
minha mente se asila no meu coração
que parou de bater por qualquer esperança...
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