DRUMMOND

O mudo em desencanto,

o Brasil em desencanto,

o homem em desencanto.

E agora, José?

E agora, Drummond?

Poema lírico

poema social

luta pela sobrevivência

inquietações metafísicas.

O eu lírico é poeta:

José ama, protesta,

faz versos, tem uma biblioteca.

O tempo passou,

passou de repente,

o mundo mudou,

mudou para a gente.

Cadê Minas Gerais?

A Minas de outrora

não existe mais.

E agora, José?

E agora, Drummond?

Só restou sua lira

a cantar Itabira.

ANTONIO COSTTA
Enviado por ANTONIO COSTTA em 22/11/2021
Reeditado em 22/11/2021
Código do texto: T7391315
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