Desatino

Sou bicho desatinado

que andas na esferas do silêncio

fecundo no imaginário de meu exílio

das cascas de meus agouros

escrevo palavras sofridas no amor

que sonda minhas feridas ilustres

e aquece acende meu breu

e meu beijo que urge

na boca da saudade

desencabeça a fúria no fogo

que queima meus laços infernais

e rimam na peleja dos sonhos

e morrem entre meus espinhos

que domam meu vazio...