Desilusão

Estagnei vis pensamentos

Quase cheguei ao precipício

Dei-me um ultimato severo

Corpo salvo por um triz

Por pouco não assassinei uma vida

Vida indefesa e dependente

Culpa não tem do destino

Traiçoeiro e insólito

Não quisera poupar-te, vida

Mas a alma rogou socorro

Entre a cruz e a espada avaliei

Uma escolha nada complacente

Distorcidas meditações em vão

O mundo cerrou suas portas

Onde buscar auxílio?

Nas brumas, nos ares, nos mares?

Deita, corpo enfermo, aquieta-te

Espera outros ventos

Soprarem em tua direção