A descoberta da Mentira

Todos mentem.

Diariamente.

Levantam

E continuam caídos.

A mãe,

"Todos são iguais"

Mentira, minha senhora.

Quando a linda moça

Da loja de perfumes

Diz:

"Estou ótima, Sílvia".

Mentira.

Todos os dias.

Pais mentem.

Os deuses falam

mentiras na boca

De padres e pastores.

Só o Silêncio é

Verdade.

Só o escuro é

Verdade.

Só o espanto liberta.

Ele escuta a

Voz de muitas almas.

E elas todas

Mentem para o poeta.

A criança de um ano

Esbofeteia o rosto da mãe...

O Não é verdadeiro.

Os homens mentem,

São tão frágeis.

Silêncio.

Escreverei o resto do poema

Sem dizer nenhuma palavra.

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Amael Alves Rabelo Júnior
Enviado por Amael Alves Rabelo Júnior em 23/02/2008
Código do texto: T871904
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