Um outro EU
E eu, que me tornei não mais que uma mera ilusão
Gravada na pele à fogo e aço,
Feita ferida a sangrar descontrolada
Rasgada na derme,
A face esculpida na carne macia
Transformada em desejos,
Em medos, anseios e lascívia
Este eu incompleto,
Imperfeito.
Este rosto marcado,
Este corpo ferido
E neste corpo as marcas da angustia
Adormecem, pálidas, entre as cores da alegria .
Faz-se existir a ilusão,
Feita de carne e nervo,
De dor e sensações,
Feita de amor e ódio,
feita humana...
A adormecer embalada nos braços da escuridão.