“VOZ DE UM SONHADOR”.
Com a voz já bem cansada
Naquela noite enluarada
Recitava um trovador...
Quando a estrela reluzia
Já em lágrimas dizia...
Com tristeza e voz de dor.
Recitava... Como falasse com a lua,
Aquela história nua e crua
E insistente repetiu...
Fazia devagar o seu percurso
A cada instante um soluço
Eu olhando ele nem viu.
Madrugada... A lua então prateada,
Já era perto a alvorada
E a voz do cantador...
Tinha tom de magoado
Ou então desencantado
Voz igual de um sonhador.