O Porto que procuro

O Porto que procuro

Não mais está aberto

A qualquer barco

Que precisa se abastecer

Está ocupado

Com um iate apenas

Que o conseguir

Através da conquista

Dias de tormenta

Ou de calmaria

Deverão ser abastecidos

Em outro Porto

Porque aquele

Que conheço

Não tem mais

Água, nem petróleo

Pois foi nacionalizado

E fechado

A qualquer barco

Que por ventura

Dele possa precisar.

O Porto já foi

Agora é uma lembrança.

São Paulo, 11/11/ 1974.

Ao Tonho