poema para a noite de número 6
poema a bob marley
uma erva no chão florescia
flores verdes na viagem-balão,
quando a mente pensava entre as nuvens
e o fogo acendia
um cigarro
na mão.
quando o azul do céu infinito
no sol da jamaica eu cantava,
quando a prece de deus derramava
sereno da noite
cobrindo o jardim.
foi à sombra das árvores negras,
às janelas fechadas do mundo,
renascia a lembrança de um canto
de sonho,
esperanças e paz.
mas a lua inquieta no espaço,
quando abrindo-me a fenda da luz,
engolia-me o sangue
em silêncio
e o peso do vento
assoprava-me o pó.