poema para a noite de número 8

o relento é minha morada.

moro no vento,

na brisa da noite, que assopra, que gira,

que sonha e faz lua.

eu visto o sereno,

eu sou noite, eu sou vento, habito

o relento,

eu moro na rua.

eu passo e viajo,

meus pés companheiros

seguindo

sem medo, meus pés caminhando

do tranco ao barranco,

meus pés e eu

seguindo

sem quando e sem tempo, sem casa,

sem nada, habitando

o relento

andré boniatti
Enviado por andré boniatti em 14/09/2006
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