POUSO DO MEU OLHAR

o meu olhar agora pousa,

na beleza singela da flor;

onde a borboleta repousa,

em teu sono de belo alvor;

brota-me a alma da poesia,

cheia de néctar adocicado;

minh'alma sente a ventania,

a passar qual pássaro alado;

já dorme a borboleta na flor;

sonha voando entre as flores;

plena manhã de céu multicor,

alegra os tão nobres amores;

abelha suga o néctar da flor;

banha-se de seiva a borboleta;

beijo-flor que perfuma o amor;

alegria campesina do poeta;

alma da poesia no meu olhar,

sente o aroma mavioso da flor;

sorriso do sol em meu versejar,

a paz livre que impele o amor;

borboleta se aninhando na flor,

sonha com os versos do poeta;

seiva de orvalho fluindo incolor,

do fazer poético da alma esteta;

pouso tão lírico do meu olhar;

percorre os vergéis tão floridos;

conta-me, borboleta, teu sonhar;

flor dos teus suaves clarisentidos;

voa, borboleta, com meus versos,

feitos das flores dos teus sonhos;

outros pousos de olhares diversos,

singram meus eus líricos risonhos!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 10/09/2014
Código do texto: T4956749
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