RIO

RIO

Rio, que em tuas águas crias vidas,

Presencias situações de toda a sorte,

Aos mais ousados convidas

A um doce mergulho pra morte.

Tens lado bom, mas também perigosidade,

Alimentas margens, dás de beber

A tanta gente, produzes electricidade

E a tantos pescadores … de comer.

Dás também de beber ao passarinhos,

Inspiras o melodioso canto ao rouxinol

Que nas tuas margens faz seus ninhos.

És tantas vezes espelho da lua ou do sol

E ainda espreitas parezinhos de namorados

Que nas tuas margens, buscam amor

Por entre beijos e corpos entrelaçados,

Despejando todo o seu fulgor.

Sempre sem cansar ou descansar,

Renovas tuas forças ou energia.

Aos rochedos sabes abraçar,

É assim toda a noite ou todo o dia.

Também aprendeste a amar

E viajas em busca de carinho,

Percorres teu leito até ao mar,

Para um abraço ou beijinho.

Não rio de ti rio, não…

Tenho por ti encanto.

Presto-te consideração

Por isso, este poema que te canto.