Elas são os paradigmas das danças

A bailarina clássica

incrivelmente elástica

rodopia mais segura

ao oferecer a cintura

na hora do pas-de-deux.

A bailarina asiática

parece ter vários braços,

por saber acolher o macho,

com seus tantos abraços,

extermina a dor ciática.

A bailarina muçulmana

acolhe a semente humana

no ventre da sua dança

ou na sua dança do ventre?

É uma diva das arábias,

merece mil e uma noites

cheias de palavras sábias:

vá em frente, não te afoites;

uma odalisca como Sherazade

é para mais e mil pernoites.

A bailarina de salão

não é sereia em fieira,

seu mar é a multidão

que dança na gafieira,

são vários os seus passos

do meio da multidão à beira,

bolero é o mais compassado,

mas dança até mesmo tango!

Com ela nunca me zango.

Dança fox-trot e mambo,

tchá tchá tchá, forró,

os ritmos caribenhos,

o corpo chega a dar nó,

com tudo gozo e sambo.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 01/01/2009
Reeditado em 09/01/2010
Código do texto: T1362093
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