EU E A POESIA
Afogo-me em emoções
Perdida nas lembranças de ontem
E nesse exílio passeio faminta
Alheia a inescrutável riqueza da minh´alma...
Se for apenas solidão já não me importa
Os vívidos laços do meu ser com a vida
Remetem-me a uma vasta compreensão
Do que aprender nas alegrias, constantes satisfações?
Na vida Correndo tranqüila, sem momentos de aflições?
Sem dores, sem sofrimentos,
Só gestos de prazeres, as doces emoções?...
E num mavioso flagelo de prazer
Busco, nas brumas tácitas do meu coração
Consciência da razão de que as dores passam
Como passa a chuva a cantar...
... Como a terra fria põe-se a criar num sinal de vida
E que tudo volta ao seu lugar!
...Nesse êxtase da imaginação
Vejo a liberdade quimera que a minha tristeza desvia
Criar asas levando-me para onde eternamente haverei de estar...
Na Poesia!...