Depois do outono a primavera
Não acredito,
Fica o dito,
Pelo não dito!
Ainda saio disto!
Tenho folhas nos pés,
A rodear-me e não trazem revezes.
São adubos do meu tempo
Serão levadas pelo vento
Podei, vivi, sonhei.
Se carreguei sonhos alheios,
Também não sei
Porque razão eu os levei.
Apenas passou, é chuva e vento,
A primavera sobreveio ao inverno,
Cheiro cores e sabores,
O brilho do verão é o novo tento.
Visto-me de uma nova aura,
Quem me olha vê outono,
Quem me ama a primavera.
Eu vejo o verão!