CANÇÃO DA SAUDADE

CANÇÃO DA SAUDADE.

Hoje percebi que não estavas.

Tua ausência deixou um vazio.

A amizade, o dia-a-dia vivido,

Quando nos é abruptamente subtraído,

Provoca-nos uma vacuidade e uma dor.

E assim, vai nascendo esta canção.

Que tem um pouco dos teus olhos.

E vagarosamente saudoso me lembro:

Do teu sorriso descontraído e longo.

Às vezes, sinto-te muito presente.

É a mesmice de querer te ver sempre.

É a projeção criada na mente.

Uma forma que baila em fuga,

O teu carisma envolvente de,

Trânsfuga imagem de mulher.

Que persiste ficar me envolvendo,

Em lembranças rápidas e fugidias.

É o profundo abismo da ausência,

Que os poetas embalam e sentem,

Nas linhas desta canção, uma saudade.

Sintomas vivos e reais d’alma.

São impulsos emocionais e confusos.

Que nós os poetas submetemo-nos.

À dor, à saudade, de uma mulher carismática.

Eráclito Alírio.

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 23/11/2006
Código do texto: T298905