Menina dos olhos de esmeralda
No céu a Lua brilhava,
linda e nua prateada...
E os meus olhos presos... Ofuscados...
a tão doce luz,
contemplava tal luz
terna e branda:
A prata do astro fugaz.
E penetrava em mim esta luz,
como a lembrança
de dias vividos,
como a saudade
de tempos perdidos
a reviver tristezas e sonhos...
No céu a Lua brilhava...
E eu contemplava a luz
tão tenra e branda...
Quando do nada,
do siso da ternura
duas esmeraldas brilharam,
conluiadas à luz da Lua...
Num encontro perfeito
de luzes e brilhos...
Arco-íris seduzido.
Parei... sonhei...
cegou-me tal resplandecência...
A Lua no céu...
A luz em ti...
Teus olhos na Lua...
Brilhando em mim...
Em teus olhos que luziam
e explodiam partículas
de esmeraldas puras,
busquei a paixão perdida,
os olhos virentes que deixei
perdidos no passado inculto...
saudade...
Busquei nos teus olhos
o vão do meu ser
E só achei um verde...
puro verde de lacuna...
sons insanos...
Ai de mim...
Não era tu...
Ai de ti...
Não eras eu...
Zezinho França